domingo, 12 de julho de 2009

Hamlet

Quando escolhemos a leitura de Hamlet de William Shakespeare como material para a reunião desta sexta, 10/07/2009, não imaginávamos quantas surpresas nos esperavam.




Apesar de Romeu e Julieta ser sua obra mais famosa, é em A Trágica História de Hamlet - Príncipe de Dinamarca que encontramos suas frases mais célebres, delas e de outras passagens da peça surgiram discussões riquíssimas a cerca do pensamento de Shakespeare.

Dentre elas destacamos:


• Ao ouvirem a voz do fantasma do pai de Hamlet, os guardas ficam assustados, eis que este revela a Horácio: “Há muita coisa mais no céu e na terra do que sonha nossa pobre filosofia”. Estaria aqui Shakespeare introduzindo idéias espíritas numa sociedade dominada pelo pensamento cristão?

• “Ser ou não ser: eis a questão”. A esta frase segue-se uma discussão de Hamlet consigo mesmo sobre a validade da vida. Por que suportar todas as mazelas da vida se poderíamos encontrar a paz no refúgio da morte? Shakespeare antecipa-se ao pensamento do filósofo Albert Camus, que dizia ser o suicídio a única questão filosófica que ainda merece ser discutida. Eis a questão.

• A “metáfora da flauta” é uma das passagens que revelam a maestria de Shakespeare. Aqui Hamlet pede a Guildenstern que toque algus acordes numa flauta, mas este se nega, revelando não conhecer nenhuma posição. Hamlet então diz: “Tínheis a intenção de penetrar no coração do meu segredo, para experimentar toda a escala dos meus sentimentos, da nota mais grave à mais aguda [...] Imaginais, então, que eu sou mais fácil de tocar do que esta flauta?"

“Repetir, repetir - até ficar diferente” já dizia o poeta Manoel de Barros. Mestre nesta arte, o professor Edilson trouxe o filme Hamlet, estrelado por Mel Gibson e dirigido por Franco Zeffirelli (1990). Franco foi muito feliz ao reportar certas falas tal como foram escritas por Shakespeare, tendo Mel Gibson empregado a dramaticidade necessária. Dessa forma, o filme reproduzindo que a imaginação do leitor tem idealizado.

2 comentários:

  1. O que me impressionou mais no livro foi, o quão atual é a história, apesar de ter sido escrita a tanto tempo. O quanto ainda convivemos com essa luta constante pelo poder. O fato de não poder confiar nas pessoas. A loucura como uma constante presença em nossas vidas.

    Tudo isso mostra, que essa obra não foi uma alucinação de Shakespeare, não foi uma idealização, foi algo muito real, e que infelizmente ainda podemos obsrevar com muita frequência nos dias atuais.

    Gabriela Dantas de Santa Cruz

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  2. quanto li o livro de primeira não gostei, mas a outra releitura possível através do filme mostru-me melhor o que Shakespear queria retratar consequencia EXCELENTE

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