sábado, 25 de abril de 2009

Ensaio sobre a nossa cegueira


Neste 24/04/2009 reunimo-nos para assistir ao filme "Ensaio Sobre a Cegueira". Baseado na obra de José Saramago e dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles o filme traz uma série de pequenas e grandes discussões. (Para ver a sinopse e outras informações do filme, acesse: http://www.ensaiosobreacegueirafilme.com.br/).

Numa alusão ao termo "luz demais também cega", a cegueira que se espalha entre os persongens do filme é branca. Podemos inferir dessa metáfora que os personagens conseguiam ver (seu olhos eram perfeitos), mas eles não cnseguiam separar as cores, e acabavam enxergando a mistura de tudo (cor branca). A única personagem que continua prismando a luz é a mulher do oftalmologista (Julianne Moore). Por quê?
Dentre as grandes questões levantadas pelo filme destacamos duas:

1- Reclusão: sob a desculpa da necessidade de quarentena (ainda não sabiam se a "doença" era contagiosa) o governo isola os cegos em um prédio fechado. O isolamento de doentes é uma questão muito antiga, temos como exemplo os leprosários, os manicômios e os asilos. Esta forma de tratemnto só revela nossa ignorância que diante do diferente tendemos a excluí-lo do convívio, talvez por medo de termos nele o reflexo de nós mesmos.

2 - A organização social e as relações de poder: de um lado temos um grupo que tenta resolver as coisas pacificamente, de forma democrática, enquanto que do lado oposto temos uma "insurreição anárquica" que tenta impor-se podersa sobre as demais alas por conseguir controlar a comida.

Temos aqui a alegoria de que a sociedade desorganizada acaba deixando-se subjulga por aqueles que detêm o poder (representado aqui pelo alimento). Quando essa sociedade se une contra esse domínio, deixando o MEDO de lado e assumindo o poder que tem, consegue a verdadeira liberdade.



"O que me incomoda não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons"
(Martin Luterking).
Outras "discussões menores" sugeridas pelo filme são:
  • Ignorância dos cientistas que participam de conferências e mesas redondas que só pensam em finaciamentos para novas pequisas
  • Aré onde vai nossa moral? Como a fome, a necessidade, os instintos a influenciam?
  • Quando o homem se vê em apuros a primeira cois que faz é questionar Deus (o filme ainda cita conversão de São Paulo pela cegueira)
  • O amor incondicional de uma esposa que não temia a doença
  • A verdadeira felicidade nas pequenas coisas
Estiveram presentes s mais uma sessão de cinema do A.M.A.R.T.E. (C.I.N.A.R.T.E., que tal chamarmos assim?): Monisa Martins, Gabriela Dantas, Bruno Holanda, Eliezer Laurindo, Antônio helbert, Luiza Catarina (bem-vinda), Ana hélbane, Emily brito, Thiago Menezes, Ana Karine, Jensen Augusto (bem-vindo), Fernando Claudino e Bruno Pessoa.

3 comentários:

  1. Mais uma vez muito bem bolado o nome cinarte...andei pensando o que seria de nós se não fosse esses encontros? Emily

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  2. Ensaio sobre a ceguei, um filme que sem muito recursos tecnológicos, ainda assim abordou uma temática bem complicada, que é mostrar que vivemos em uma sociedade de cegos, mas cegos que não enxergam porque não querem, segundo o ditado " O pior cego é o que não quer ver" vivemos numa sociedade com o pior tipo de cegos.
    A reflexão proposta pelo filme é muito importante, pois todos tempos consciência que vivemos numa sociedade de cegos que podem enxergar, mas que vai fazer algo? quem vai ser o primeiro a dizer que enxerga?

    Gabriela Dantas de Santa Cruz

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